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quinta-feira, 11 de abril de 2013

VISTO PAPARAMERICANO!

Oi galere!!!
Enquanto os preparativos pra Eurotrip ainda estão acontecendo, vou contar pra vocês como foi tirar o visto americano. YES! WE CAN!
Olha, não foi complicado não... foi meio trabalhoso, é verdade... mas diferente do que eu imaginava (e de tudo que já passei na burocracia brasileira) tirar o visto americano foi uma das coisas mais organizadas que já passamos!
Primeiro de tudo, pagamos uma taxa (R$320 por pessoa), que agora é única.
Após confirmação do pagamento, é preciso preencher um formulário chamado DS-160. Fiquei muito apreensiva, por medo de responder alguma coisa errada, além do mais, estava usando o tradutor do Google Chrome, já pensou se coloco uma besteira?
Mas conforme você vai preenchendo dá pra ver que é só uma mera formalidade. Algumas perguntas são muito intrigantes... "Você já participou ou pretende participar de ataques terroristas?"
Meu! Mesmo que eu tivesse a intenção (Tio Sam, não, eu não tenho intenção não, não me prenda!) você acha que eu colocaria isso no formulário?
"Você já participou de ataques com armas químicas?" Oi??? Sério mesmo que vocês querem que eu responda isso? Queria taaaaanto saber o que aconteceria com alguém que marcasse sim!
Continuando... agora pra tirar visto americano é preciso duas etapas: entrega de documentos e entrevista.
O problema é que em Curitiba não tem atendimento para visto. O local mais próximo é em São Paulo, e para lá que fomos.
Saímos cedo no domingo, porque o local de entrega de documentos excepcionalmente abre neste dia. Chegamos com meia hora de antecedência como solicitam, e fomos atendidos na hora! O pessoal é bastante solícito, dão informações, tudo bem legal!
Primeiro eles olham se você preencheu a DS-160, depois se realmente está agendado praquele dia, horário e local, carimbam seu papelzinho, tira foto, colhe as digitais (igualzinho no Detran, só que melhor) e pronto!
No dia seguinte fomos pra temida entrevista!
O Gus passou mal de nervoso, eu também, afinal, já nos assustaram tanto com isso!
A minha amiga Mari me ajudou muito nisso! Deu todas as dicas, e todas elas funcionaram!
Por medo do trânsito (São Paulo, minha gente...) saímos duas horas mais cedo. Deixamos o carro no estacionamento, porque tínhamos mala, notebook, etc, e ficamos com medo de deixar na rua. Chegamos lá e já te direcionam pra fila, super tranquilo.
Olharam nossos passaportes, o papelzinho do agendamento, ficaram com isso e nos mandaram pra outra fila, que ficamos até dar um certo horario.
Quando liberaram, entramos num grande pátio e aguardamos nos chamarem.
Quando chamaram o nome do Gus, fui junto, pegamos os passaportes e fomos pra fila das entrevidas (mesmo que você agende individualmente, as famílias podem fazer a entrevista todos juntos, e confesso que isso me deu um grande alívio).
Eu tenho um sério problema de surdez nervosa (acabei de inventar essa doença). Quando estou nervosa ou sob pressão, meu cérebro da tilt e fecha meus ouvidos, e eu não entendo nadinha do que a pessoa fala! Só vejo a boca mexer, o som sair, mas as palavras não fazem sentido. A pessoa tem que ter paciência e repetir algumas vezes até que eu entenda (e pode ser até que eu responda algo que nada tema ver com a pergunta!).
Indo com o Gus, talvez não fosse um problema.
Nesse momento é nítido o clima tenso no ar! To-do-mun-do fica só de butuca na conversa dos entrevistadores pra saber o que perguntam!
Sabe aquelas cabines que aparecem em filmes, de visitas de presidiários? É bem assim! Mas a gente fica em pé pra falar e não precisa pegar no telefone, já tem microfone (o que faz com que todo mundo escute o que perguntam e o que você responde).
Enquanto estávamos na fila, ouvindo as perguntas, mentalmente já nos preparávamos para o que iam nos perguntar. Percebemos que tinham dois entrevistadores mais bacaninhas, faziam piadinhas, etc... guichês 6 e 7. Ficamos torcendo pra cair em um dos dois!
Foi então que ouvimos um dos entrevistadores perguntar em inglês e a pessoa responder em inglês!
Meeeeeeeeeeeeeeeuuuudeudocééééééu!!! F*deu!!! E agora???
Eu não sabia o que era pior: o Gus tentando ME acalmar ou ele tentando SE  acalmar!
Acho que nem em turbulências o Gus deve ter rezado tanto quanto naquela hora!
Aí chegou nossa vez: "Guichê 6!"
(pausa pra comemoração interna! Ihaaa!!! - o Gus me proibiu de grandes demonstrações de alegria em território consular #mimimi)
Já cheguei no guichê com um belo dum "bom dia!", pra eles verem o quanto somos legais, ricos e queremos gastar muito na Disney (só que não). Vejam como se passou:
Entrevistador: Bom dia! Pra onde vocês pretendem ir?
Gus (mais nervoso que terrorista): Turismo!
Entrevistador: Sim, mas pra onde?
Eu (com medo de falar besteira): pra Disney!
Entrevistador: O que o senhor faz, sr. Eli?
Gus: sou engenheiro.
Entrevistador: é formado?
Gus: sim, sou engenheiro civil.
Entrevistador: senhora Alyne, a senhora trabalha?
Eu: não, sou dona de casa.
Entrevistador: Então trabalha muito! (beijo pra você, senhor entrevistador! Ganhou meu respeito!)
todos rimos!
Entrevistador: por favor, coloquem as digitais pra confirmação. Visto concedido, boa viagem!

Juntamos toda a papelada que levamos e não olharam, saímos em silêncio, e só quando atravessamos a rua conseguimos respirar alivados! Yeah!!! Conseguimos!!!



E foi isso, minha gente! Agora é só esperar chegar o passaporte em casa!
Realmente ficamos bastante surpresos com toda a logística e organização! Por esse breve momento quase esquecemos que estávamos no Brasil, é tão difícil ver as coisas funcionarem assim... Mas ficou claro que é possível! É só querer, se preparar e se organizar, viu, Dilma?

Kisses,
Alyne
(aquela que sonha em trazer orelhinhas do Mickey pra casa! E pedir um autógrafo do Obama, aquele lindo!)

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